9.1.08

fotos

Finalmente revelei o filme preto-e-branco da máquina fotográfica.

Alguns devem estar chocados, então vamos às explicações:

Tenho uma máquina fotográfica de filme. É, aquelas "antigonas", mas nem é tão antiga assim. É uma Canon Rebel 2000.

Usei, pela primeira vez na minha vida, um filme preto-e-branco. O filme utilizado foi o "Kodak BW400CN". É um filme relativamente barato, e que é processado nos químicos do processo colorido, tornando o processo todo acessível.

O papel usado foi o papel colorido convencional ("Kodak Royal"), o que dá resultados "minimamente aceitáveis", já que é muito fácil a cópia puxar para uma cor qualquer (neste caso, verde, mas bem pouco). Usar papel preto-e-branco, além de tornar as coisas bem mais caras, não compensaria, porque primeiro eu preciso me aperfeiçoar como fotógrafo. (Tirar fotos é fácil. Tirar fotos BOAS é BEM difícil.)

As cópias foram feitas com margem, em papel brilhante e em tamanho 15x21.

Vou escolher algumas e colocar aqui oportunamente.

Claro que eu aprendi muitas coisas nessa brincadeira. A primeira, que eu já falei, é que eu preciso aprender mais sobre fotografia, o que é meio redundante, mas é verdade.

A segunda é que, mesmo que você peça para a moça fazer as fotos "SEM CORREÇÃÃÃOOO", e mesmo que ela marque o quadradinho "Sem Correção", isso não garante que eles farão as fotos sem correção. Vão fazer tudo de novo.

Terceiro: as cores, em fotos coloridas, ajudam a "separar" visualmente as coisas. O processo da visão, que é bem complexo, se encarrega disso sozinho e abstrai tudo. Quando a foto é preto-e-branco, mistura tudo, "dá um cãibra no cérebro" e, se a composição não tiver sido bem feita, o resultado final sai confuso. Isso fica bem evidente em fotos envolvendo natureza (flores, grama, folhas, céu).

Quarto: eu queria mais contraste nas fotos. Por outro lado, muitas fotos saíram tremidas, borradas, ou ambas. Muitas mesmo, a despeito da boa sensibilidade do filme (ISO 400). É que a lente não é boa (f/4 no máximo). No próximo, vou fazer o que chamam de "puxar o filme", porque daí eu mato as duas coisas de uma vez. É simples: regula-se a máquina para uma sensibilidade superior à do filme, e usa-se normalmente. Na hora da revelação, deve-se informar à atendente para fazer a revelação puxada, informando quantos pontos foram puxados. No caso, um filme de ISO 400, se for usado como ISO 800, foi puxado 1 ponto. Se for 1600, 2 pontos, e assim por diante. O filme ficará, nesse caso, mais tempo nos banhos químicos, compensando a sub-exposição. O resultado tende a ficar mais contrastado e granulado, e você ganha pontos para usar na hora de tirar a foto, seja com obturador, seja com diafragma. É muito importante notar que não é qualquer laboratório que faz revelação puxada, então, não vão fazer merda por aí, ok?

Dá pra puxar um filme pra cima ou pra baixo, dependendo do que se deseja.

Essa história de puxar o filme, pode ser aplicada ao mundo digital, mas só funciona de maneira útil se você puxar "pra cima" (sub-expor a foto).

Quinto, e essa regra vale ouro: coisas bonitas geram fotos bonitas. Isso vale pra P/B, colorido, digital, etc...

Sexto: não percam oportunidades, mesmo que a foto saia uma porcaria...

Sétimo: posso ser crucificado, queimado vivo e degolado em praça pública pelos puristas, mas... tirar fotos com a máquina digital primeiro, pra determinar exposição e diafragma, apesar de ser o jogo mais sujo do mundo, a pior traição possível, é uma coisa que ajuda. Não fiz isso muito, mas vou fazer sem a menor vergonha das próximas vezes. (Isso tem altas chances de ter exemplos em breve).

Click, zzzzz.
(minha máquina)

Click, zzzzz, click, zzzzz, click, zzzzz.
(minha máquina, quando ALGUÉM esquece o botão apertado sem querer - e as fotos dela ainda saíram todas esucras - as três, claro... hehehe...)

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