26.11.11

Festival de Gastronomia no Litoral Norte da Bahia


Já que vocês gostam de posts de comida, aqui vai uma dica sensacional.

Está acontecendo agora, de 24 de novembro a 4 de dezembro, o VI Festival de Gastronomia e III Festival de Arte e Cultura na Praia do Forte, litoral norte da Bahia.

Deixa eu contextualizar:

A Praia do Forte é um lugar muito agradável e aconchegante, não pela praia em si, mas pelo vilarejo que se desenvolveu em volta.

Lá também fica um dos centros de visitação do "Projeto Tamar", aquele que cuida das tartarugas marinhas. (O Projeto Tamar tem 23 bases, mas só 14 possuem centro de visitação turística).

Mas a vila dos pescadores é a melhor parte: é a região que antecede a praia, e consiste numa rua cheia, mas CHEIA de lojinhas, pousadas e restaurantes, todos de muito bom gosto, onde você pode andar tranquilamente, com quantas máquinas fotográficas quiser, e curtir um momento de descontração. Ótimo para desestressar, não tem nada a ver com a confusão urbana que é Salvador.


Anualmente eles fazem esse festival, onde os restaurantes chamam chefs de cozinha bem badalados, e eles apresentam suas mais sofisticadas criações para o público. Alguns restaurantes montam um palco, alguma estrutura, para que os chefs demonstrem para as pessoas a confecção de seus pratos.

Todo ano tem um tema pro festival. O desse ano é a cachaça. Não é muito do meu agrado, mas tudo bem.

É óbvio que eu vou lá conferir!!!

Ah, eu quase ia me esquecendo: não se pode falar da Praia do Forte sem mencionar o Castelo Garcia D'Ávila, "... Um dos principais monumentos do patrimônio histórico e cultural brasileiro está localizado na Praia do forte. A sede do maior latifúndio do mundo é um exemplar único de castelo, em estilo medieval. Fazem parte do Parque Histórico e Cultural, um centro de visitação e o Sítio Arqueológico" (retirado do site).(Eu ainda não visitei, shame on me.)


21.11.11

Restaurante "Boca de Galinha"

Tem um restaurante em Salvador chamado "Boca de Galinha", fica num bairro chamado "Plataforma" (os topônimos dessa terra são sensacionais), subúrbio mesmo, umas ruazinhas inacreditavelmente minúsculas... enfim, esse restaurante, apesar de não ser no roteiro turístico, é até bem famoso, já saiu na Ana Maria Braga, na revista "Veja", e tal... e eu fui lá conferir.

1. Já fica o aviso: o restaurante não aceita cartão. Leve dinheiro. Calcule uns 30 reais por pessoa, fora a bebida. (Nov/2011).

2. A comida faz jus à fama, mas sem exageros. Pedi meia moqueca de camarão, que veio bem servida, borbulhando e fumegando, como deve ser. Veio acompanhada de arroz branco, feijão de corda (sem o amarguinho, evidenciando assim o bom preparo), pirão e vatapá. Serve bem duas pessoas.

3. O lugar é suficientemente limpo, mas tenha em mente que é um restaurante simples, de subúrbio.

4. Para estacionar, vai ser um suplício...

5. Quem não gosta de barulho (tipo eu), vai ficar um pouco incomodado. Mas estamos falando de um restaurante simples, ok?

6. Atendimento: Se você não chegar cedo, vai ter que deixar o nome numa lista com o próprio "Boca de Galinha", o proprietário. O cardápio é um caderno cujo conteúdo é anotado diariamente, e conforme os pratos vão acabando, os nomes vão sendo riscados do mesmo. Acabou, acabou mesmo.

7. Eis aqui o vídeo do programa da Ana Maria Braga (enquanto durar o link) com os donos preparando a famosa moqueca de camarão. (O barquinho é só presepada do programa... dá pra ir de carro sim. Aliás, você chega lá e só tem carrão...)

http://www.youtube.com/watch?v=q4fx9QabZ44

Boa sorte e bom apetite pra quem for!



23.10.11

Uma história que ninguém conhece...


Tenho que contar essa história, mas não posso citar os nomes.

No final da década de 90, quando o google não existia e o yahoo era a grande revolução, as pessoas acessavam a Internet com modems que ocupavam a linha telefônica, e aí não dava para telefonar pra ninguém. Além de pagar a ligação telefônica, tinha que pagar um valor para o “provedor”, e os valores eram bem altos, coisa de 50 reais por mês, em valores de 1998. Tipo uns 120 reais hoje (pelo IPCA).

Em 1999, um grande provedor americano chegou ao Brasil: era o AOL, sigla de “America On Line”. Seu modelo de negócios funcionou muito bem nos EUA durante os últimos 10 anos: navegador próprio, conteúdo próprio, e navegação por palavras-chave. Fazia todo o sentido, pois até então, o sucesso eram os grandes BBS's (que, simplificando, eram grandes fóruns de usuários).

Só que a tecnologia estava mais madura do que isso. A Internet como conhecemos estava se difundindo, o conteúdo próprio dos BBS's iria ficar pequeno perto do oceano de informações da Internet aberta, e, muito logo, os provedores gratuitos viriam a aparecer (e depois a banda larga), tornando os conteúdos próprios verdadeiras irrelevâncias digitais.

A AOL tinha uma estratégia de marketing bastante agressiva: distribuir seu CD de acesso massivamente. Cada jornal ou revista que você comprasse tinha o bendito CD. No caixa do wal-mart, a moça te entregava também um CD. Na sua caixa de correio, frequentemente aparecia um CD deles. Era tipo spam, mas de alguma coisa física.

O tal CD continha um instalador que configurava seu discador para ligar pra AOL, modificava seu navegador, e fazia outras modificações indesejadas no seu computador. Era um tormento. Às vezes vinha um antivírus ou um dicionário eletrônico de brinde... fora isso, era uma inutilidade só. Ninguém mais queria esse CD.

Bom, essa é a história que todo mundo conhece.

O que ninguém sabe é que antes da chegada da aol por aqui, um eminente empresário brasileiro e seu pai registraram o domínio aol . com . br, e criaram um provedor de acesso discado chamado “américa”, com acento.

Nessa época, muita gente trazia computadores na bagagem das viagens ao exterior (eua), e esses computadores vinham com – ele mesmo – um CD da AOL americana. Essa estratégia também era usada lá.

O que ninguém iria querer fazer, era uma ligação internacional de modem (sujeita a não funcionar), para navegar num conteúdo desconhecido, e pagando taxas altíssimas.

Mas aí a propaganda do tal provedor brasileiro já estava feita. Se o provedor era o “américa”, teoricamente “américa online”, abreviado por “aol”, podia usar o aol . com . br. E a autoridade brasileira para domínios de internet não podia fazer nada. A regra é simples: é de quem chegar primeiro (salvo marcas notórias).

(Esse provedor aí também seguia a filosofia de BBS, e, por motivos de faturamento, desconectava todo mundo às 5h da manhã. Isso foi algo que eu nunca entendi...)

Bem, a AOL, quando chegou ao Brasil, tentou fazer acordos com o tal empresário, oferecendo quantias vultosas pelo domínio, mas sem acordo. Houve processo na justiça, e tal, e o que eu sei é que o provedor brasileiro acabou mudando de nome.

Independente disso, o empresário tinha uma empresa de informática, e desenvolvia sistemas para seus clientes; portanto, sua situação estava garantida.

Um desses negócios paralelos era um mecanismo de busca registrado como altavista . com .br, seguindo a mesma linha questionável do domínio acima citado. O Altavista americano era um grande mecanismo de buscas, comparável ao yahoo e ao google (naquela época).

Quando um amigo meu (dono de uma antiga livraria de Curitiba) soube disso, quis imediatamente tirar o site da livraria do cadastro do mecanismo de busca, porque não iria nunca concordar com aquilo lá (sic).

Alguns dias depois, veio esse dono do altavista comentar comigo que “um cidadão está querendo DESCADASTRAR o tal site do altavista, veja só que absurdo”. Ri muito por dentro.

Cara, to ficando velho.

A AOL encerrou suas operações no Brasil em 2006, a livraria fechou em 2007, e o dono do provedor foi morar na França.


10.10.11

segregação regional?

Quando a Internet ganhou força, em meados da década de 90, muito se falava da abrangência global da informação.

Uma homepage hospedada no Cazaquistão poderia ser acessada por alguém do Japão com a mesma facilidade que se estivesse hospedada, por exemplo, na Austrália.

Para a informação, não haveria fronteiras. Era o tempo da Internet como fim, o prazer estava em apenas navegar (até porque o conteúdo era incipiente).

Com o desenvolvimento das tecnologias, a geolocalização virou uma realidade, e infelizmente (ops, já falei minha opinião) é extensivamente usado por empresas de mídia para segregar a divulgação do seu conteúdo por região geográfica.

A geolocalização consiste em associar uma faixa de endereços IP a uma determinada região geográfica, ou, determinar em que país/estado/cidade está cada visitante de seu site.

Há um comunicador instantâneo muito famoso, de origem norte-americana, cujos links direcionam a vídeos segregados por país. E aqui no Brasil nós não podemos assistir a alguns desses vídeos, e eu acho isso terrível.

Evidentemente isso é um sinal inequívoco de que a Internet deixou de ser um fim e passou a ser um meio. É algo até bom, se for olhar...

Mas a minha opinião (isso ainda é um blog pessoal) é a de que a geolocalização é algo negativo, porque vai contra a idéia de nos tornarmos, cada vez mais, cidadãos globais.

Essa tecnologia tem, claro, defensores, que eu acredito serem mais corporativos do que pessoais. Os usos deste recurso abrangem: personalização e direcionamento de conteúdo (propagandas e informações); divulgação seletiva de determinados conteúdos (vídeo e música para alguns países, e não para outros); questões de segurança de informação (uso de cartão de crédito de um país em computador de outro país); e questões legais (material adulto em países e estados onde é permitido; jogos e cassinos online apenas onde é legalizado).

Dois exemplos eu considero muito especiais, pela importância histórica, legal e tecnológica:

- Uma importante empresa de currículos online sofreu duas pesadas multas, de vários milhões de reais, por ter roubado material de concorrentes, e, aparentemente, isso só foi possível porque se tinha o endereço IP dos ataques, e quem possuía tal endereço no momento do ataque;

- A Internet, na China, sofre censura; essa censura foi utilizada pelo Google como moeda de barganha num episódio envolvendo ataques a seus servidores, e culminou com o encerramento parcial de seus serviços por lá. O site de vídeos e a rede social também não funcionam naquele país.

(O episódio da empresa de currículos não é, estritamente falando, coisa de geolocalização; mas vai servir de discussão para um próximo post).

E vocês? O que acham dessa história de geolocalização?

Principais páginas consultadas:

http://en.wikipedia.org/wiki/Geolocation_software

http://www.italki.com/answers/question/60991.htm

http://athenna.com/pt/athenna_design/web_design/catho-recebe-nova-multa-por-invasao-e-roubo-de-dados/web-design/2011/08/athenna-design

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,google-fecha-servidores-na-china,527734,0.htm

6.10.11

Ele se foi...

Steve Jobs morreu, e o mundo parece estar de luto.



Ao contrário da minha amiga Flo, não tenho e não tive nada da Apple até agora. Meus computadores são Dell e meus celulares são Nokia. Mais conservadorismo, impossível. :P

Isso, aliás, ajuda a esclarecer algumas coisas: tenho aversão a essa "neofilia por princípio" que tanto encanta as pessoas. Encanta só o que dá certo (iphone, ipad), mas teve um certo videogame da Apple que foi um desastre, e que ninguém fala dele. (E esse bluetooth deles, que não funciona com mais nada??)

Mas mesmo assim, respeito profundamente a pessoa que foi e sempre será Steve Jobs.

O sistema operacional que eu uso aqui, da Microsoft, com mouse e fontes proporcionais, são legados diretos da Apple. As janelas também. Eu conto para os meus amigos que "no meu tempo..." não existia mouse... e ninguém acredita. "Então como que fazia??" (É bem difícil explicar essa parte...)

A revista Superinteressante (out/2011) traz uma reportagem bem curiosa: "Como Steve Jobs matou os Nerds?"

Spoilers à parte, ele fez o que devia ser feito, e que só ele teria (e teve) competência para fazer: deixou as coisas fáceis de usar. Ninguém quer saber se o computador tem tantos megahertz ou tantos megabytes. As pessoas só querem a parte boa da informática! (Eu acho isso um desperdício de poder computacional, mas quem se importa?)

Antigamente vendiam-se revistas de informática, com páginas e páginas de linhas de programa em Basic. Era uma coisa bizarra, pros olhos de hoje, mas os nerds adoravam.

Só com a visão evolutiva das coisas é que se pode entender: era o terreno sendo preparado para a chegada da informática como meio, e não como fim, terreno este que Jobs reinaria absoluto.

Citando um grande site de notícias...

Ele acreditou que era preciso gastar poder computacional para criar ambientes gráficos de fácil utilização enquanto as gigantes do setor ainda ensinavam usuários a editar o arquivo "AUTOEXEC.BAT" para configurar suas máquinas.

“Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido", afirmou, em entrevista à revista "Fortune" em 2008.

Steve Jobs soube enxergar o que ninguém mais enxergou. Soube criar o que ninguém mais seria capaz.

O cara que ditou o rumo da computação pessoal nas últimas décadas se foi.

Rest in Peace, meu camarada...

5.6.11

pensando sobre o gelo

Será que é possível que exista um gelo tão gelado que, quando jogado na água, ao invés de derreter, ele congele a água que está em volta, aumentando de tamanho?

Dados:
Calor específico da água: 1 cal/g°C
Calor específico do gelo: 0,5 cal/g°C
Calor latente de liquefação do gelo: 80 cal/g

21.4.11

pensando sobre balões...

Estive pensando...

Quando enchemos um balão com gás hélio, ele se torna mais leve que o ar, e flutua, certo?

Ao invés disso, se conseguirmos manter o balão com sua forma de balão cheio, mas se dentro dele houver vácuo (usem a imaginação, vai...), ele ficará ainda mais leve? E a explicação disso é o empuxo?

Se isto for verdade, este balão "cheio" e "vazio" pesa menos que um balão vazio e todo compactado?

4.1.11

deu tilt!

Quem nunca teve um computador que dava tilt toda hora?

Mas afinal, o que significa "tilt"? (ou "tiutiu", segundo alguns...)

Tilt, em inglês, significa "inclinação", "inclinar". E o que isso tem a ver com o equipamento travar?

Bem, antigamente existiam as máquinas de Fliperama, tipo o joguinho Pinball do windows XP, só que de verdade, com bolinha de aço, palhetas eletromecânicas, sensores analógicos, essas coisas todas.

E as máquinas tinham determinadas passagens por onde a bolinha poderia passar reto, e o jogador perderia a rodada ou a partida.

Para evitar isso, os jogadores davam empurrões na mesa toda, ou então a inclinavam, para evitar a perda do jogo.

As fábricas das mesas (em 1934, segundo a wikipedia) começaram a montar sensores de inclinação nas mesmas, para que quando o jogador tentasse usar esse artifício, a máquina parasse de responder aos comandos das palhetas. A palavra "TILT" começava a piscar no painel de pontuação, e ela parava de funcionar, até que o jogador perdesse a rodada.

Era isso o tilt!

Bom, quem tiver o windows XP pode reproduzir essa agoniante sensação através do jogo Pinball 3D, que acompanha o mesmo:

As teclas "Z" e ";" ou "/" comandam as palhetas.

As teclas "X", "." e seta-pra-cima empurram a mesa.

Se você empurrar a mesa por muito tempo, vai dar tilt no jogo.