21.10.14

Alzheimer

Dia 21 de setembro foi o dia mundial do mal de Alzheimer, e eu me esqueci de postar uma coisa muto legal sobre isso.

Bom, isso é praticamente meu atestado de loucura, e eu gostaria muito mesmo de não precisar recorrer a esse artifício.

É o seguinte: nos estágios iniciais da doença, dizem que as memórias mais antigas da pessoa ficam relativamente intactas, e quem desaparece são as memórias recentes. Ou seja: não adianta você falar para ela que ela tem Alzheimer, que em seguida ela vai se esquecer (é a anosognosia).

Por que, então, as pessoas não desenvolvem desde cedo um mecanismo para se antecipar a esse paradoxo?

Eu vou explicar como eu estou fazendo:

Se por uma infelicidade do destino eu ficar com Alzheimer, algumas pessoas já sabem que é para fazer um sinal físico no meu corpo (será uma tatuagem específica) para que, se eu vê-la, lembrar que ela significa que eu estou com Alzheimer.

Como ela está gravada na minha memória que, no futuro, será a antiga (pois pensei nisso com vinte-e-poucos anos), há poucas chances de eu venha a me esquecer dela.

Viu como é simples?

É como um recado de mim para mim mesmo.

Tomara que isso não precise ser usado, mas, caso seja, é uma maneira de facilitar a vida de quem vai cuidar de mim. (Eu mesmo não ia aguentar cuidar de mim mesmo com Alzheimer... credo...)

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